sábado, 15 de agosto de 2015

Divisões do Brasil

DIVISÃO POLÍTICO-GEOGRÁFICA: 
O IBGE dividiu o Brasil em 5 regiões com o objetivo de reunir estados com traços físicos, humanos, econômicos e sociais em comum. Essa classificação ajuda no planejamento de políticas voltadas para as regiões com necessidades semelhantes. 


REGIÃO NORTE (7 ESTADOS) 
Amazonas – Roraima - Amapá –Pará – Tocantins – Rondônia - Acre 
REGIÃO NORDESTE (9 ESTADOS) 
Maranhão - Piauí – Ceará - Rio Grande do Norte – Pernambuco – Paraíba – Sergipe - Alagoas – Bahia 
REGIÃO CENTRO-OESTE (3 ESTADOS) 
Mato Grosso – Mato Grosso do Sul – Ceará  
REGIÃO SUDESTE (4 ESTADOS) 
São Paulo – Rio de Janeiro – Espirito santo – Minas Gerais 
REGIÃO SUL (3 ESTADOS) 
Rio Grande do Sul – Santa Catarina – Paraná 

DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA: 
É a forma de dividir o país em diversas partes, que são mais conhecidas como estados e também são chamados de províncias ou unidades federativas. Os estados são divididos em municípios e os municípios em distritos. Os 26 estados e o distrito federal têm a maior hierarquia na organização político-administrativa do país, enquanto os municípios tem a menor hierarquia. 
 A capital dos estados abrigam as sedes de seu governo, assim como em cada município a sede fica na Prefeitura Municipal.



Estados:  
São administrados por governos estaduais, que estão subordinados ao Governo Federal. Cada estados possui a sua própria capital, onde está instalada a sede administrativa. 

Municípios: 
São as unidades administrativas menores que os estados. São administradas pelos governos municipais, também chamados de prefeituras, que estão subordinadas ao Governo Estadual e ao Governo Federal. 

Distritos:  
Pertencem aos municípios. Um município pode ser composto por um ou vários distritos. O distrito sede costuma ter o mesmo nome do município e os demais são chamados de vilas. Quando uma vila consegue se emancipar, ela é elevada a status de município. 
Distrito Federal: 
É a sede do poder federal, local onde se encontra a capital do país. No Brasil, o DF se encontra no estado de Goiás, e a capital é Brasília. É nele que se encontram as sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. 
 Onde ficam os senadores, governadores, deputados e quantos tem em cada município, estado, etc.

Referências


Postado por: Gabriela Souza e Gustavo Carlesso 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

ARTIGO: Fim dos Regimes Militares na América do Sul

As ditaduras na América do Sul, todas, tiveram início nos anos 1960, em meio à Guerra Fria. Como modo de impedir os países sul-americanos de aderirem ao socialismo, os Estados Unidos estavam por trás de todos os golpes militares. Mas estes regimes duraram até o fim da União Soviética, quando os países se encontravam com uma economia deficiente e muita pressão internacional (principalmente Estados Unidos, agora procurando mercados consumidores). Após demasiada insatisfação popular, perseguições e torturas, os regimes militares na América do Sul tiveram seus fins até 1990.

BRASIL 

O processo de abertura política no Brasil iniciou-se com o governo de Ernesto Geisel, que propôs uma abertura "lenta, gradual e segura". Os fatores que levaram a esse processo foram: o esgotamento do "milagre" brasileiro, as crises do petróleo, a moratória do México, aumento dos juros no mercado internacional e pressão popular e de outros países. No mandato de Geisel, a Lei da Segurança Nacional foi modificada, o AI-5 foi revogado, foi criado um cronograma de abertura (militar > civil ligado aos militares > eleições diretas) e o Pacote de Abril.

O sucessor militar, João Batista Figueiredo continuou a abertura. Neste período, houve o estímulo de exportações de produtos brasileiros - que deu certo. Entretanto, a crise econômica persistia e a insatisfação popular apenas aumentava. Foi criada a Lei da Anistia, perdoando todos os presos ou exilados acusados de crimes políticos, e novos partidos políticos se organizaram. A partir daí, começou o movimento popular Diretas Já!, solicitando as eleições diretas, que precisariam de uma reforma constitucional. Porém, a reforma foi reprovada, e em 1985, por eleição indireta, Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil. Neves veio a falecer, todavia, antes de assumir a presidência; tomando o poder, então, seu vice, José Sarney. Em 1989 as eleições diretas ocorreram normalmente, marcando o fim definitivo do regime militar.



ARGENTINA

A Ditadura na Argentina (1966-1973) começou com um golpe de Estado dado por militares que assumiram o poder do país. Durante sua vigência, foi um dos governos mais autoritários da América Latina no século XX. Na época acontecia a Guerra Fria e os defensores da extrema direita entraram no comando com o discurso de eliminar o comunismo.   
O período da Ditadura da Argentina teve início com um golpe militar no ano de 1966. O presidente Arturo Illia,que exercia o cargo legalmente, foi deposto no dia 28 de junho e a partir de então se sucedeu uma série de governos de militares até 1973. 
Logo após a tomarem o poder, os militares colocaram em vigor o Estatuto da Revolução Argentina que legalizou as atividades dos militares. A nova ‘constituição’ proibia a atividade dos partidos políticos e cancelava quase todos os direitos civis, sociais e político, acabando com a democracia. Ao longo do período desse governo militar, três generais ocuparam o poder: o Juan Carlos Onganía, Roberto Marcelo Levingston e Alejandro Agustín Lanusse. 
As crescentes manifestações populares causaram as eleições para novo presidente na Argentina em 1973. A população queria Perónno governo do país, mas o candidato foi barrado por as leis alteradas, barrando sua candidatura. Impossibilitado de ser eleito, Perón e o povo passaram a defender a candidatura de Hector José Cámpora, que saiu vitorioso no pleito. 
Embora o período de duração da Argentina tenha durado apenas sete anos, bem menos que os 21 anos no Brasil, esse período se caracterizou como cruel e sangrento, a estimativa é de que aproximadamente 30 mil argentinos foram seqüestrados pelos militares, que utilizavam métodos de torturas e assassinatos.  Os opositores que conseguiam se salvar fugiam do país, o que representa aproximadamente 2,5 milhões de argentinos. O governo autoritário deixou marcas na Argentina mesmo após a ditadura, com a democracia poucos presidentes conseguiram concluir seus mandatos por causa da grande instabilidade econômica e social.



PARAGUAI

O Paraguai passava por muitos golpes políticos quando em 1954 ocorreu à posse do general Stroessner e, com a ajuda do partido Colorado, instalou-se uma ditadura repressora no país. 
Uma das formas de se manter no poder que o general Stroessner utilizou foi um regime que fez com que os líderes democráticos se exilassem. Além disso, Stroessner controlava diretamente as forças armadas.  
Nessa época, a Igreja pedia que os presos políticos fossem soltos, diante disso, ele reagiu expulsando vários sacerdotes do país. No campo da economia, o Paraguai foi marcado por contrabando e pela inauguração da usina hidrelétrica de Itaipu. 
O general Stroessner foi derrubado durante um golpe militar interno e foram realizadas e organizadas eleições multipartidárias livres pela primeira vez em 1993. Um ano depois, o Paraguai se juntou a Argentina, Brasil e Uruguai para fundar o Mercosul, uma colaboração econômica e política regional.


CHILE


A ditadura no Chile se iniciou em 1973, com um golpe militar, liderado pelo general Augusto Pinochet. A partir daí, o Chile passou a viver uma terrível ditadura, preocupada em perseguir a oposição. Apesar da violência diária vivenciada por todo aquele que fosse considerado “comunista”, os altos índices de crescimento econômico ajudaram Pichonet a se manter no poder.
Entretanto, no final da década de 1980, as pressões políticas internacionais e internas começaram a desestabilizar a ditadura chilena.  Sofrendo pressões de outros países (principalmente E.U.A) para legitimar seu governo, o ditador  convocou um plebiscito junto à população. A opção “sim” mantinha o ditador no poder, enquanto o “não” obrigava-o a convocar eleições diretas para presidente no ano seguinte. Os militares  estavam confiantes de sua vitória, enquanto a esquerda e os descontentes com o regime do país queriam aproveitar os 15 minutos diários que eles teriam durante um mês, em todas as emissoras chilenas, para expor as consequências causadas pela repressão.

Por fim, grande parte do povo votou pelo fim do regime militar. Em 1989, o Chile passou por eleições diretas, e Patricio Aylwin foi eleito presidente pela Coalização de Partidos pela Democracia. A ditadura chilena se encerrou no dia 11 de março de 1990, com a posse do novo presidente civil.


URUGUAI

O processo de transição da ditadura militar para a democracia, no Uruguai, ocorreu na década de 1980. Até então, o regime militar comandava o país (de 1973 a 1984). O regime militar era composto por duas linhas contrárias de pensamento. O primeiro grupo via uma oportunidade de retornar a democracia.  Já o segundo grupo, rejeitava a ideia de redemocratização do país.  Houve um plebiscito, convocado pelo próprio regime, num processo de acordo entre as partes. Esse acordo, pautado na expulsão de pessoas e partidos políticos, tinha como concepção que esta dita “democracia” deveria ser “tutelada” pelo regime militar. Ou seja, os militares ainda continuariam a controlar a situação, ainda que parecesse que eles não controlassem.
Este controle foi exercido nos mais amplos aspectos da vida política nacional: expulsão de partidos políticos e de candidatos, a proibição do ingresso de lideranças políticas no país, controle e censura da propaganda política, assim como restrição e censura nos debates públicos da campanha eleitoral. E, para completar esse quadro, as prisões se encontravam cheias de presos políticos.
A primeira manifestação, durante a pré-democratização, contra o regime, por parte da sociedade, produziu-se no plebiscito de 1980. A segunda ocorreu nas eleições de 1982. Já a terceira manifestação foi nas eleições nacionais de 1984, quando se instalou a democracia.


Escrito por: Beatriz Vieira, Bianca Raicik, Gabriela Souza e Giovanna Machado